Homem-Aranha no Aranhaverso
Última atualização: 07/01/2021
A produção da Sony Homem-Aranha no Aranhaverso foi vencedora do prêmio de Melhor Filme de Animação na 91ª edição do Oscar. O longa do aracnídeo, em vez de acompanhar a rotina de Peter Parker, foca em Miles Morales (Shameik Moore), um adolescente negro de Nova York que adquire seus poderes após ser picado por uma aranha radioativa.
A animação é um dos melhores filme de super-herói dos últimos anos. Destaca-se tanto quanto Homem-Aranha 2, de 2004, de Sam Raimi. O longa é o primeiro capítulo de uma saga que pretende desvendar a vida e as práticas dos vários Cabeças de Teia que coexistem em um multiverso de Aranhas, o “Aranhaverso”.
Um Aranha diferente para amarmos
Miles é muito carismático. Na primeira cena em que aparece, o garoto está desenhando um projeto de grafite enquanto canta. Cantar é sua maneira de relaxar, de se desligar do mundo. Como todo adolescente, ele é um pouco tímido. Também tem dificuldade para se expressar. Para piorar, está entrando em uma nova escola. Essa transição o coloca longe da sua casa e exige que faça novos amigos. Apenas mais um dos muitos dilemas dessa fase da vida de Miles.
As diversas personalidades do Homem-Aranha se adequam a suas realidades de acordo com suas necessidades. O herói, que antes representava apenas a juventude, passa a também representar adultos. No filme, Miles começa a atuar na cidade pouco após a morte de Peter Parker. Temos, assim, um adolescente de 15 anos e um adulto de 26, divididos entre salvar a cidade e resolver sua vida.
As possibilidades exploradas por Homem-Aranha no Aranhaverso
Há ainda em Homem-Aranha no Aranhaverso heróis aracnídeos de todos os tipos e formas. Gwen-Aranha e Aranha Noir são exemplos dessa variedade. Ela é uma bailarina-acrobata e com senso de justiça combatendo o crime. Já ele é um Aranha que lembra muito o Spirit de Will Eisner.
E não só as personalidades que demarcam as diferenças entre os universos. Homem-Aranha no Aranhaverso também manipula a estética a seu favor. Mesclando estilos de quadrinhos, permite que, no mesmo lugar que se encontra um cabeça de teia desenhado no estilo americano, haja um porco desenhado em estilo cartoon e uma garotinha, em estilo mangá, pilotando um robô.
A animação é inventiva e exige raciocínio rápido do espectador. Ainda assim, ela não se leva a sério ao ponto de ser maçante. Isso torna o filme extremamente divertido e fluido. As piadas, sempre oportunas, se encaixam na narrativa, que também conta com os diálogos bem ajustados e carisma entre os personagens para não deixar confuso um ambiente cheio de personagens – o que vimos dar muito errado em Homem-Aranha 3.
O time de dubladores é composto por nomes como Shameik Moore (da série da Netflix The Get Down), Mahershala Ali (vencedor do Oscar por Moonlight) e Nicolas Cage (Con Air, A Lenda do Tesouro Perdido).
Homem-Aranha no Aranhaverso eleva ao máximo o resultado que pode se obter em um filme de herói. Atualmente, está disponível no Telecine Play.
Direção: Bob Persichetti, Peter Ramsey & Rodney Rothman
Roteiro: Phil Lord & Rodney Rothman
Edição: Robert Fisher Jr.
Fotografia: Federico Abib (animador sênior)
Design de Produção: Justin K. Thompson
Trilha Sonora: Daniel Pemberton
Elenco: Shameik Moore, Jake Johnson, Hailee Steinfeld, Mahershala Ali, John Mulaney, Kimiko Glenn, Nicolas Cage & Liev Schreiber
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