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What If…?

Última atualização: 07/10/2021

Admita: quando você começou a ver What If… ?, ainda em agosto, não esperava esse final. Tudo bem, afinal, aconteceu comigo também.

A série animada da Marvel que começa a brincar com o Multiverso tem um início despretensioso e, verdade seja dita, seus nove episódios não estão no mesmo nível. Ainda assim, as possibilidades, como o Vigia (Jeffrey Wright) dizia em cada abertura, são infinitas.

Assim sendo, a crítica de hoje é um pouco diferente: vou elencar os episódios de What If… ?, do pior (ou “menos bom”, se você for daqueles que acham tudo ótimo) para o melhor, falando bem rapidinho de cada um. Como de costume, não se esqueça de deixar a sua lista nos comentários!

E se… Thor fosse filho único?

Tudo bem, o “Thor da balada” virou até hashtag no Twitter oficial da Marvel. Mas, apesar da atmosfera de comédia adolescente dos anos 2000, é difícil engolir que o “nosso” Deus do Trovão se tornaria numa espécie de Ferris Bueller de Asgard porque cresceu sem… Loki.

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Isso dito, há também um excesso de personagens sem nenhuma conexão direta com o filho de Odin que, em resumo, só estão ali para fazer volume. De positivo, a volta de Natalie Portman ao MCU. Ansioso por Love and Thunder.

E se… zumbis!?

Esse é, em contraste com alguns episódios que vêm a seguir neste ranking, um caso de quase acerto. A premissa é ótima (quem não gosta de zumbis?), assim como o “evento Nexus” desta linha do tempo é crível. Vou falar um pouco sobre a importância da credibilidade mais à frente.

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O problema está quando, minutos após uma reviravolta muito interessante acontecer, ela é desfeita. Além de esvaziar todo o desafio que ela provocaria, também é gratuita. Digno de nota, só o excepcional trabalho de Hudson Thames como Peter Parker. Eu me surpreendi quando não vi o nome de Tom Holland nos créditos.

E se… Killmonger tivesse resgatado Tony Stark?

Não me levem a mal, pois eu gosto de Killmonger e de Michael B. Jordan tanto quanto qualquer um no seu juízo perfeito – muito. A premissa do episódio é ótima e permite unir dois personagens icônicos em uma história que, a exemplo do episódio dos zumbis, faz sentido.

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O problema, entretanto, está no tempo. Cada episódio de What If… ? tem cerca de 30 minutos. E neste acontece tanta coisa que o ritmo precisa ser corrido demais. A relação entre Tony Stark e Killmonger se torna íntima em duas cenas. Mais duas cenas, eles estão numa briga de vida ou morte. E aí tudo acaba, com um gancho que não leva para lugar nenhum.

Ou quase.

E se… T’Challa se tornasse o Senhor das Estrelas?

Vocês não vão me ouvir falar mal deste episódio. What If… ? foi a última contribuição de Chadwick Boseman ao MCU e a forma como T’Challa desbrava a galáxia, ao mesmo tempo um ladrão bonacha e um diplomata, uma mistura de John Dillinger com Richard Holbrooke, é simplesmente boa demais.

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Ainda que haja muito fan service e nem todos funcionem, esse episódio possui um dos universos alternativos mais coesos. Um dos quais seria ótimo revisitar no futuro.

E se… a Capitã Carter fosse a primeira vingadora?

Assim como os Irmãos Russo, eu também acho o arco Peggy Carter / Steve Rogers o mais representativo da Marvel no Cinema. Duas almas deslocadas no próprio tempo, que se encontram e se unem por um amor que supera o tempo. Fofo, não é mesmo?

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Some-se a isso o cenário da Segunda Guerra, Howard Stark e Bucky Barnes, temos uma história interessante por motivos diferentes da original, mas ainda assim com um desfecho parecido. Como um rio, o tempo até pode ser perturbado, mas sempre flui para o mar.

E se… o Doutor Estranho perdesse seu coração em vez das mãos?

Apesar da evidente ferramenta de “mulher na geladeira” movimentando a trama, foram as implicações desse episódio que me deixaram inquieto.

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Esta realidade alternativa entra em colapso porque Stephen Strange (Benedict Cumberbatch) é uma pessoa melhor. Capaz de se conectar emocionalmente com Christine (Rachel McAdams) e de se importar com alguém além de si. A ideia de que um universo inteiro é destruído porque alguém é melhor não deixa de ser irônica.


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Se você gostou do episódio, recomendo muito que leia alguns contos de H.P. Lovecraft, como O Chamado de Cthulhu e Nas Montanhas da Loucura. Há claras influências no tom, nos monstros e no final. Com certeza, você vai gostar também.

E se… o mundo perdesse seus heróis mais poderosos?

Talvez este seja o episódio de What If… ? que melhor usou o conceito de linha do tempo alternativa. Isso porque, submetendo a um teste de estresse um traço marcante de um personagem, gera o mais puro suco de caos e imprevisibilidade.

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E, apesar de ter ficado traumatizado com essa teoria na época, preciso trazê-la de volta: esse episódio basicamente confirma que Thanos poderia ter sido derrotado pelo Homem-Formiga daquele jeito.

E se… Ultron tivesse vencido? / o Vigia quebrasse seu juramento?

Não tem jeito. Os dois últimos episódios de What If… ? talvez não sejam os melhores, mas são os mais importantes, visto que conectam todos os outros em um… Multiverso. Além de criarem mais um supertime de heróis: os Guardiões do Multiverso.

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O ponto alto é uma confissão involuntária da Marvel. Ultron era um vilão muito mais poderoso e ameaçador. Mais até do que Thanos. Assim sendo, a forma como Era de Ultron o torna fraco mostra que, apesar do filme ter estabelecido bases importantíssimas para o resto do MCU, a oportunidade de explorar esta inteligência artificial genocida foi desperdiçada.

De qualquer forma, essa foi a substituição do time de dublagem da qual mais senti falta: como estes episódios seriam melhores com James Spader. Quem sabe na próxima temporada.

What If… ? está disponível no Disney+.


Ficha Técnica
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What If… ? (2021) – Estados Unidos
Direção: Bryan Andrews
Roteiro: A.C. Bradley, Matthew Chauncey
Edição: GraHam Fisher, Joel Fisher
Design de Produção: Paul Lasaine
Trilha Sonora: Laura Karpman
Elenco: Jeffrey Wright, Samuel L. Jackson, Chadwick Boseman, Benedict Cumberbatch, Tom Hiddleston, Mark Ruffalo, Paul Bettany, Michael B, Jordan, Karen Gillan, Chris Hemsworth, Sebastian Stan, Clark Gregg, Toby Jones, Hayley Atwell, Jon Favreau, Seth Green

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