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Filmes LGBTQIA+ para renovar as esperanças

Última atualização: 28/06/2021

Não nos leve a mal, filmes LGBTQIA+ têm todos os motivos do mundo para retratar dor e sofrimento. A onda reacionária que varre o Ocidente desde a segunda metade da década passada nos dá um vislumbre do que é, primordialmente, o dia a dia de minorias. Assim sendo, retratar esta luta pelo direito de existir é importante e necessário.


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O que nós buscamos com esta lista é mostrar um pouco do fim da jornada. Todos lutamos por um futuro melhor. E o que nos espera neste futuro? Estes filmes LGBTQIA+ nos mostram possibilidades. Seja como for o caminho escolhido em cada obra, garantimos* que você sairá de cada uma delas acreditando que o mundo tem jeito.

E não é isso que a gente precisa acreditar, afinal de contas?

Toda Forma de Amor, de Mike Mills (2010)

Toda Forma de Amor é um dos filmes LGBTQIA+ onde o personagem fora do padrão heteronormativo inspira pessoas privilegiadas a evoluírem. Viúvo após quatro décadas e diagnosticado com uma doença terminal, Hal (Christopher Plummer) decide se libertar das amarras sociais no pouco tempo de vida que lhe resta e se assume gay, engatando um relacionamento com um homem mais jovem. Seu filho Oliver (Ewan McGregor), após o choque inicial da revelação, começa a colocar em perspectiva a infância, as experiências vividas com os pais e o sinais que só agora entende. E é a coragem do pai que o inspira a tentar colocar a própria vida amorosa nos eixos.

toda forma de amor

Com uma sensibilidade ímpar, o diretor Mike Mills retrata a óbvia tristeza da situação da melhor forma possível, como se ela fosse um manifesto: você só tem uma vida, não a sacrifique para atender a expectativas. Seja feliz.

XXY, de Lucía Puenzo (2007)

Alex (Inés Efron) nasce portando as duas características sexuais, feminina e masculina. Com o intuito de resguardar a criança dos preconceitos da sociedade, seus pais a levam para viver em um vilarejo no interior do Uruguai. Conforme os médicos sugerem cirurgias para alterar a condição da criança, a família entende o quanto essas intervenções cirúrgicas são invasivas e criam o filho distante de outras pessoas.

xxy filme 2007 ricardo darin

Entretanto, em um fim de semana a família é visitada por amigos que levam seu filho da mesma idade de Alex. Assim, desse encontro, surge uma atração entre os jovens que faz Alex pensar em como se sente atraído afetivamente.

O filme é protagonizado por Ricardo Darín e um dos poucos que tratam abertamente a interssexualidade, bem como a não-binariedade.

Desobediência, de Sebastián Lelio (2017)

Esse belo filme gira em torno daquilo que por séculos tem sido um dos maiores objetos de controle das religiões patriarcais: o desejo, em particular o desejo sexual, mas não apenas o desejo homoafetivo. Muitas religiões controlam até mesmo o sexo publicamente autorizado pelo casamento, a fim de que não haja qualquer
brecha para que o fiel desconfie se fez a escolha certa ou não. O problema, claro, é quando ele começa a desconfiar.

Desobediência

Desobediência mostra como as religiões vão reprimindo sexualmente as pessoas por meio da promessa de pertencimento e proteção, junto com a ameaça velada de abandono. Assim, o filme retrata a realidade de muitas pessoas LGBTQIA+, que acreditam que ignorar e reprimir seu desejo lhes trará garantias de felicidade na Terra e no Céu. Mas, como o filme e a experiência de muitos mostra, isso nunca dá certo.

Imagine Eu & Você, de Ol Parker (2005)

Você pode até não sentir isso na pele, mas tenha certeza: muita gente precisa lutar para existir. Afinal, quando a sua identidade é rejeitada, todo dia é um dia de luta. E a luta, seja ela física ou mental, sempre cansa.

Imagine me and You

Por isso que é importante relaxar. Botar as pernas pro alto e imaginar um mundo melhor, que ainda não chegou, mas um dia chegará. Para isso, te indico Imagine Eu & Você, que mostra muito bem como a imaginação pode nos dar um direcionamento, um foco, um objetivo. E pode, também, ajudar a construir, na realidade, o mundo com o qual sonhamos.


*Contribuíram: Gustavo Pereira, Yasmine Evaristo, Ana Flávia Gerhardt e Marina Pais.

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1 comentário em “Filmes LGBTQIA+ para renovar as esperanças

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